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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Livros da República VI
A Biblioteca Nacional (BN) é uma das muitas instituições que têm iniciativas próprias para a celebração do centenário da República. Neste sentido, tem publicado desde 2007, à razão de um por ano, pequenos livros dedicados a cada um dos anos que antecederam a República entre 1907 e 1910. Trazemos, esta semana, uma dessas publicações: No Advento da República: 1907. A escolha é óbvia: 1907 foi um ano de “chumbo”, com o início da Ditadura de João Franco, repressão sobre os republicanos e uma grave crise académica, factos que agudizariam o descontentamento em relação à Monarquia e preparariam o regicídio de 1908 os acontecimentos de Outubro de 1910.
Estes livrinhos são compostos por imagens e excertos de publicações de 1907, sobretudo da imprensa periódica. Deixamos-vos com um pequeno excerto de Sampaio Bruno, um republicano portuense histórico e heterodoxo, publicada em «A Voz Pública», Porto, em 9 de Junho de 1907 respeitante ao governo ditatorial de João Franco.
«Quer dizer: O Sr. João Franco encontra-se na situação primacial, exclusivista, única da entidade chamada primeiro-ministro, escrivão da puridade ou, assim pelo teor, no antigo regime do governo absoluto. O Sr. João Franco está na situação em que hoje em que nos passados tempos estiveram o Marquês de Pombal, o Conde de Castelo-Melhor e outros estadistas (…).
E, se se apurar então que nada fez de grande, de útil, de liberal, de progressista, de generoso, que nada fez em prol do direito e da justiça, que nada efectuou de profícuo ao avanço da educação política e da civilização moral portuguesa; se for isto o que então se apurar, a condenação da opinião pública procederá, na sua unanimidade, as fulminantes severidades da história.
O absolutismo, infelizmente, começa por afrontar a dignidade cívica e não há vantagens materiais que compensem a perda dos direitos da consciência, a supressão das liberdades populares, a compreensão tirânica e deprimente.
Mas o absolutismo é duas vezes condenável, se ademais ele é ainda estéril. E, nas condições actuais o absolutismo será duas vezes nefasto, porque é opressor e porque é estéril» (PP. 78-80).
Estes livrinhos são compostos por imagens e excertos de publicações de 1907, sobretudo da imprensa periódica. Deixamos-vos com um pequeno excerto de Sampaio Bruno, um republicano portuense histórico e heterodoxo, publicada em «A Voz Pública», Porto, em 9 de Junho de 1907 respeitante ao governo ditatorial de João Franco.

«Quer dizer: O Sr. João Franco encontra-se na situação primacial, exclusivista, única da entidade chamada primeiro-ministro, escrivão da puridade ou, assim pelo teor, no antigo regime do governo absoluto. O Sr. João Franco está na situação em que hoje em que nos passados tempos estiveram o Marquês de Pombal, o Conde de Castelo-Melhor e outros estadistas (…).
E, se se apurar então que nada fez de grande, de útil, de liberal, de progressista, de generoso, que nada fez em prol do direito e da justiça, que nada efectuou de profícuo ao avanço da educação política e da civilização moral portuguesa; se for isto o que então se apurar, a condenação da opinião pública procederá, na sua unanimidade, as fulminantes severidades da história.
O absolutismo, infelizmente, começa por afrontar a dignidade cívica e não há vantagens materiais que compensem a perda dos direitos da consciência, a supressão das liberdades populares, a compreensão tirânica e deprimente.
Mas o absolutismo é duas vezes condenável, se ademais ele é ainda estéril. E, nas condições actuais o absolutismo será duas vezes nefasto, porque é opressor e porque é estéril» (PP. 78-80).
Livros da República V

«O perigo que nos ameaça é grande. Enquanto dormíamos, o mal foi-se estendendo por toda a parte com assustadora celeridade, e torna-se necessário atalhá-lo depressa: de outro modo a nossa causa, a santa, sublime, a grandiosa causa da família liberal portuguesa está irremediavelmente perdida! Se os jesuítas continuarem a apoderar-se da infância, a perverter a mocidade, e a especular com a imaginação ardente, o espírito fraco, e a extrema sensibilidade da mulher para a transformarem num instrumento passivo dos seus ambiciosos e detestáveis projectos, é indubitável que a essa brilhante claridade que vemos já iluminar os horizontes do futuro, como anúncio de novas eras de prosperidade e grandeza, sucederá outra vez, a profunda noite de servidão e do fanatismo, aquela imensa escuridão que por tantos séculos nos enlutou o passado.» (pp. 75 e 76)
Convite - Alexandre Parafita na nossa Escola
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