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terça-feira, 25 de maio de 2010
Livros da República XVII
A Primeira Guerra Mundial marca verdadeiramente o final do século XIX e das dinâmicas imperialistas dos países europeus. Foi a primeira guerra total e provocou devastações e perdas humanas sem precedentes. A sua má resolução alimentaria nacionalismos agressivos e ressentimentos que estão na base da ascensão das ditaduras e totalitarismos nos anos 20 e 30 que, em última análise, estariam na génese da Segunda Guerra Mundial.
A participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial é, ainda hoje, tema controverso. As razões que normalmente se adiantam para a entrada de um pequeno país, economicamente débil, com um regime recente e em legitimação, passam pela defesa das colónias que ingleses e alemães disputariam; pela afirmação internacional do regime republicano numa Europa predominantemente monárquica. Nos últimos anos tem-se adiantado uma outra hipótese: os defensores da participação na guerra esperariam as indemnizações de guerra que fatalmente seriam pagas pelos derrotados que se esperava que fossem a Alemanha e as potências centrais (Áustria-Hungria e Império Otomano).
As consequências da guerra na Europa e em Portugal foram imensas: tumultos sociais, golpismo e uma instabilidade política que, em alguns casos como o português, levaria à instauração de regimes ditatoriais.
O livro que trazemos esta semana, Bernardino Machado e a 1ª Grande Guerra, é da autoria de Norberto Ferreira da Cunha, historiador da cultura e das ideias e profundo conhecedor do pensamento e da acção política de Bernardino machado. A História é feita pelos seus protagonistas e este livro é uma contribuição decisiva para o conhecimento da acção de Bernardino Machado, então Presidente da República, em prol da beligerância portuguesa.
«Tudo leva a crer que a Inglaterra se sentiu contrariada pela nossa imposição [de participar na guerra] por duas ordens de razões: por um lado, não desconhecia a falta de preparação militar dos nossos soldados e, por outro lado, a entrada de Portugal na Guerra obrigava-a a deveres de protecção das nossas colónias e do território nacional (se necessário), que não estava em condições de assegurar como disse a não ser por mar. Parece incontestável que Bernardino Machado, com uma perspicácia política invulgar, conseguiu não só arrastar o Congresso para a intervenção militar (apesar de muitos que a votaram, em princípio, favoravelmente, a venham a renegar mais tarde, de facto, porque a Inglaterra não a solicitou) como “forçar” a Inglaterra a aceitá-la.» (p.10).
A participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial é, ainda hoje, tema controverso. As razões que normalmente se adiantam para a entrada de um pequeno país, economicamente débil, com um regime recente e em legitimação, passam pela defesa das colónias que ingleses e alemães disputariam; pela afirmação internacional do regime republicano numa Europa predominantemente monárquica. Nos últimos anos tem-se adiantado uma outra hipótese: os defensores da participação na guerra esperariam as indemnizações de guerra que fatalmente seriam pagas pelos derrotados que se esperava que fossem a Alemanha e as potências centrais (Áustria-Hungria e Império Otomano).
As consequências da guerra na Europa e em Portugal foram imensas: tumultos sociais, golpismo e uma instabilidade política que, em alguns casos como o português, levaria à instauração de regimes ditatoriais.
O livro que trazemos esta semana, Bernardino Machado e a 1ª Grande Guerra, é da autoria de Norberto Ferreira da Cunha, historiador da cultura e das ideias e profundo conhecedor do pensamento e da acção política de Bernardino machado. A História é feita pelos seus protagonistas e este livro é uma contribuição decisiva para o conhecimento da acção de Bernardino Machado, então Presidente da República, em prol da beligerância portuguesa.

«Tudo leva a crer que a Inglaterra se sentiu contrariada pela nossa imposição [de participar na guerra] por duas ordens de razões: por um lado, não desconhecia a falta de preparação militar dos nossos soldados e, por outro lado, a entrada de Portugal na Guerra obrigava-a a deveres de protecção das nossas colónias e do território nacional (se necessário), que não estava em condições de assegurar como disse a não ser por mar. Parece incontestável que Bernardino Machado, com uma perspicácia política invulgar, conseguiu não só arrastar o Congresso para a intervenção militar (apesar de muitos que a votaram, em princípio, favoravelmente, a venham a renegar mais tarde, de facto, porque a Inglaterra não a solicitou) como “forçar” a Inglaterra a aceitá-la.» (p.10).
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