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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

postheadericon A propósito do dia 5 de Outubro



No próximo dia 5 de Outubro, feriado nacional, celebrar-se-ão os 99 anos da implantação da República em Portugal.
Apesar de a República apenas ter sido implantada em 1910, a Ideia Republicana surgiu com alguma consistência em Portugal com a publicação, em 1851, da obra de José Félix Henriques Nogueira Estudos Sobre a Reforma em Portugal, em que se propunha Democracia, Municipalismo, Socialismo e Republicanismo como cura para os males da pátria.
Os anos seguintes foram de movimentação e de tentativas de organização política dos republicanos. A sua consistência e disciplina partidárias só foram conseguidas na década de 1870 em boa parte conseguidas com a colagem do republicanismo à mundividência positivista que partilhava de uma crença inabalável nas capacidades transformadoras da Ciência. O grande doutrinador do positivismo em Portugal e do republicanismo foi, nesta fase, Teófilo Braga que acabaria por presidir ao governo provisório saído da Revolução do 5 de Outubro.
O republicanismo colheria de apoios importantes junto das populações urbanas, sobretudo de Lisboa e do Porto. Não obstante o Partido Republicano ter crescido em eleições sucessivas, não foi por via eleitoral que a República chegou a Portugal. Acabaria por ser com uma revolta militar surgida em Lisboa e auxiliada pela Carbonária, uma organização armada e secreta que funcionava como uma espécie de vanguarda activa com ligações pouco claras ao Partido Republicano e à Maçonaria. O ilustre escritor Aquilino Ribeiro fez parte da Carbonária e poderá ter sido um dos conspiradores que levaram a cabo o atentado contra a Família Real em Fevereiro de 1908, embora sem acção directa.
Após a vitória das forças republicanas, a Família Real foi expulsa e o regime republicano proclamado na Câmara Municipal de Lisboa e comunicado por telégrafo ao resto do país!
O novo regime não teria vida fácil nem longa: teve de lidar com várias incursões monárquicas, problemas internos de natureza económica e financeira, envolveu-se numa “guerra” religiosa com a Igreja Católica. A participação portuguesa na Grande Guerra agravou alguns destes problemas e iniciou um período de instabilidade governativa e de revoltas militares. Sucumbiria perante um desses golpes militares a 28 de Maio de 1926.
Apesar dos problemas, a República deixou um legado (ainda que teórico) de valorização da educação para a formação de cidadãos; de patriotismo sob a forma de uma religião civil; e, embora de forma truculenta e sectária, de secularização e de laicização modernizadora do Estado.


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