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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

postheadericon Livros da República VIII

Apesar da relativa facilidade com que se implantou a República, o seu advento esteve longe de consensual tendo, inclusive, motivado tentativas de restauração monárquica por via armada e o aparecimento de grupos contra-revolucionários com actividade intelectual, cultural e política como o Integralismo-Lusitano. Em boa verdade, as ideias democráticas e liberais que foram também as da Primeira República, começaram a ceder, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial, perante as promessas populistas das soluções autoritárias e totalitárias. Um dos intelectuais monárquicos portugueses mais comprometido com a crítica radical à Primeira República foi João Ameal, pensador reaccionário e eclético que, à semelhança de muitos outros da sua «escola», via no iluminismo (século XVIII), no liberalismo (século XIX) e no republicanismo (século XX) formas mentais e políticas estrangeiradas e erradas que desvirtuavam um putativo percurso histórico da nação portuguesa e as suas supostas virtualidades intrínsecas a uma (imaginada) portugalidade eterna.
João Ameal celebrizou-se por ter sido o redactor do Decálogo do Estado Novo, documento com alguma importância para a definição dos princípios políticos da Ditadura de Salazar e por ter sido um confesso admirador de Mussolini e de Hitler. Eis um pequeno excerto da sua obra A Revolução da Ordem, obra publicada em 1932, seis anos após a queda da República, ano de confirmação do poder pessoal de Salazar. Esta obra insere-se num estilo de diabolização do liberalismo, da democracia e da República, de forma a legitimar a acção “salvadora” da Ditadura e “demonstrar” o fracasso das ideias demo-liberais:

«Também entre nós uma justiceira Revolução Nacional expulsou, há seis anos, o maléfico domínio da mitologia individualista. Entre nós, também, se encerraram os centros de agitação e conspiração e se negou o exercício do Poder aos representantes dos partidos. Emudeceu-se o Parlamento – casa de intriga, de corrupção, de escândalo e de retórica. Suspendeu-se, enfim, a Constituição demagógica de 1911, produto, já aperfeiçoado, da Carta Constitucional de 1826.» (P. 83).

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