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sexta-feira, 28 de maio de 2010

postheadericon Livros da República XVIII

A Primeira República durou apenas dezasseis anos (1910-1926). A sua fase final ficou marcada por uma enorme instabilidade política. As razões para esta instabilidade, embora muito vastas e complexas, passavam pela indisciplina partidária, pelas conspirações permanentes dos inimigos da República contra o regime e dos republicanos contra o partido dominante, o Partido Democrático de Afonso Costa. A participação militar na Primeira Guerra Mundial e os problemas económicos e financeiros daí decorrentes causariam um desgaste significativo na credibilidade das principais figuras políticas do tempo, expondo o regime aos permanentes golpes militares perpetrados contra o governo de turno. Um desses golpes partiu de Braga, no dia 28 de Maio de 1926. Era chefiado por Gomes da Costa, antigo comandante da IIª divisão Portuguesa na Primeira Guerra Mundial e por Mendes Cabeçadas, um dos «heróis» do 5 de Outubro de 1910. À partida, este golpe nada teria de substancialmente diferente de tantos outros: indefinido quanto aos seus propósitos, combinando uma verdadeira amálgama política contra a República e/ou contra o governo. Teve a particularidade de ter derrubado aquele que seria o último governo legítimo da Iª República e instaurada uma ditadura militar que permitiu a ascensão política de Oliveira Salazar.
Sugerimos a leitura dos seguintes excertos do jornal lisboeta A Capital do dia 29 de Maio de 1926, um dia após o início do golpe:«Para Homens de dignidade e de honra, a situação política actual deste país é inadmissível.
Vergada sob a acção de uma minoria devassa e tirânica, a Nação, envergonhada, sente-se sufocar, sente-se morrer.
Eu, por mim, revolto-me abertamente; e os homens de valor, de coragem e de dignidade que venham ter comigo, com as armas na mão, se quiserem comigo vencer ou morrer.
Às armas, Portugal!
Portugal! Às armas pela Liberdade e pela Honra da Nação!
Às armas Portugal, – Gomes da Costa (general)»
De seguida, o jornal tecia as seguintes considerações sobre a proclamação de Gomes da Costa:
«Este documento define, porventura, o carácter político da revolta militar? Qual é o objectivo final, o objectivo claro e não oculto, do levantamento que se executa contra o governo do srº António Maria da Silva? Trata-se de uma insurreição defensiva da República e da sua Lei basilar? Nada se pode concluir da leitura da proclamação transcrita. Nem a palavra República lá se encontra! (…)»

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